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terça-feira, 29 de abril de 2014

Linguagem de script (também conhecido como linguagem de scripting, ou linguagem de extensão) são linguagens de programação executadas do interior de programas e/ou de outras linguagens de programação, não se restringindo a esses ambientes. As linguagens de script servem para estender a funcionalidade de um programa e/ou controlá-lo, acessando sua API e, são frequentemente usadas como ferramentas de configuração e instalação em sistemas operacionais (Shell script), como por exemplo, em alguns sistemas operacionais da família Linux, que usam a linguagem bash. São também frequentemente usadas em jogos, como por exemplo, os jogos Impossible Creatures e Tibia, que usa a linguagem Lua para controlar as ações dos personagens e o ambiente de batalha.
Todas as linguagens de script são linguagens interpretadas, porém, nem todas as linguagens interpretadas são linguagens de script. Os programas escritos em linguagens de script são, normalmente, referidos como scripts.

Linguagens tipicamente de script

Abaixo, segue-se algumas linguagens de programação que são tipicamente usadas como script (não sendo, necessariamente, apenas de script):
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_script

Esses scripts também podem ser arquivos bath, usados no ambiente ms-dos, e html que são roteiros de ações a serem executadas mas não chegam a ser considerados um programa.
Mas podem ser um roteiro a ser executado por um programa.


Exemplo:
C:\>type setup.bat
@echo off
echo Iniciando o set-up
cd \

path=\pfiles
setup.exe -i
echo fim.

Por: Marcos Olegário B. de Godoy

domingo, 27 de abril de 2014

Pequena Introdução


Uma pequena introdução sobre o assunto anterior: "Linguagem de Programação"
Dando maior foco: "Programação".
Ignorar os primeiros 1:43 minutos!

Linguagem + Computação = Linguagem de Programação

Linguagem em tudo:
Sabemos, na teoria, que a chamada: "Linguagem" é um fator crucial e importante para a comunicação humana, onde podemos nos expressar de diversas formas.
No entanto, não podemos dizer que “Linguagem” é somente utilizada nos momentos de comunicação e/ou criações de obras, exemplos:

*Gêneros Textuais:
Carta, propaganda, bula de remédio, receita, tutorial, editorial, notícias, reportagem, entrevista, história em quadrinhos, charge, poema e poesia.

*Gêneros literário:
Epopeia, Romance, novela, conto, fábula, crônica, crônica narrativo-descritiva e ensaio.

*Gênero Dramático:
Tragédia, farsa, comédia, tragicomédia e poesia de cordel.

*Gênero Lírico:
Elegia, epitalâmica, Ode(ou hino), Idílio(ou écloga), sátira, acalanto, acróstico, balada, canção(ou Cantiga, Trova), Gazal(ou Gazel), haicai, soneto e vilancete.

*Dentre muitas outros.

Podemos explicar melhor essa afirmação ao criarmos a seguinte situação!
Linguagem + Computação = Linguagem de programação!


O que é Linguagem de programação?
Uma linguagem de programação é um método padronizado para expressar instruções para um computador. É um conjunto de regras sintáticas e semânticas usadas para definir um programa de computador. Uma linguagem permite que um programador especifique precisamente sobre quais dados um computador vai atuar, como estes dados serão armazenados ou transmitidos e quais ações devem ser tomadas sob várias circunstâncias.

O conjunto de palavras (tokens), compostos de acordo com essas regras, constituem o código fonte de um software. Esse código fonte é depois traduzido para código de máquina, que é executado pelo processador.

Uma das principais metas das linguagens de programação é permitir que programadores tenham uma maior produtividade, permitindo expressar suas intenções mais facilmente do que quando comparado com a linguagem que um computador entende nativamente (código de máquina). Assim, linguagens de programação são projetadas para adotar uma sintaxe de nível mais alto, que pode ser mais facilmente entendida por programadores humanos. Linguagens de programação são ferramentas importantes para que programadores e engenheiros de software possam escrever programas mais organizados e com maior rapidez.

Linguagens de programação também tornam os programas menos dependentes de computadores ou ambientes computacionais específicos (propriedade chamada de portabilidade). Isto acontece porque programas escritos em linguagens de programação são traduzidos para o código de máquina do computador no qual será executado em vez de ser diretamente executado. Uma meta ambiciosa do Fortran, uma das primeiras linguagens de programação, era esta independência da máquina onde seria executada.



Assim, percebemos que o poder da “Linguagem” não se limita somente a comunicação e criação de obras literárias, e sim, a diversos outras criações, como citamos: criação de programas de computares que são totalmente orientados pela “Linguagem”.
Mais exemplos da linguagem na “Computação”:


*Linguagens aplicativas, ou de aplicação
*Linguagens concorrentes, distribuídas e paralelas
*Linguagens de fluxo de dados
*Linguagens de projeto
*Linguagens extensíveis
*Linguagens de montagem e de macro
*Linguagens de microprogramação
*Linguagens não determinísticas
*Linguagens não procedurais
*Linguagens orientadas a objeto
*Linguagens de aplicação especializada
*Linguagens de altíssimo nível

Bibliografia: http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/tipologia-textual-tipos-generos.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o
http://www.refatorar.arquiweb.com.br/index.php?/Desenvolvimento/linguagem-de-programacao.html

terça-feira, 22 de abril de 2014

Poemas + Funções da Linguagem.

Função Emotiva:

Mas Eu
"Mas eu, em cuja alma se refletem
 As forças todas do universo,
 Em cuja reflexão emotiva é sacudida
 Minuto a minuto, emoção a emoção,
 Ciusas antagônicas e absurdas se sucedem -
 Eu o foco inútil de todas as realidades,
 Eu o fantasma nascido de todas as sensações,
 Eu o abstrato, eu o projetado no écran,
 Eu a mulher legitima e triste do Conjunto
 Eu o sofro ser eu através disto tudo como ter sede sem ser de água."
Álvaro de Campos

Soneto da fidelidade
"De tudo, ao meu amor serei atento
 Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
 Que mesmo em face do maior encanto
 Dele se encante mais meu pensamento."
Vinícius de Morais



Bibliografias:
http://www.citador.pt/poemas/mas-eu-alvaro-de-camposbrbheteronimo-de-fernando-pessoa
http://www.releituras.com/viniciusm_fidelidade.asp

terça-feira, 15 de abril de 2014

Clipes de músicas com exemplos de figura de linguagem


 

 

Musica:  Só os loucos sabem – Charlie Brown Jr.


 
O medo cega os nossos sonhos,

Menina linda eu quero morar na sua rua,

Você deixou saudade, você deixou saudade,

Você deixou saudade,

Quero te ver outra vez, quero te ver outra vez,

Você deixou saudade,

Agora eu sei exatamente o que fazer  (Hipérbole)

Bom recomeçar, poder contar com você,

Pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também

Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém.

 

Hipérbole é o exagero na afirmação.

 

 
Musica: De Volta Ao Planeta Dos Macacos - Jota Quest

 

 
 
 
 

 Todos os corações procuram a sua órbita.

Novas propostas pro mundo,

Novos encaixes pras coisas,

Que ainda não estão no lugar,

Atento às diversidades,

Em busca da chacrete espacial,

É preciso provar das loucuras,

Ativar novas possibilidades,

 De volta ao Planeta dos Macacos.

 Nana Banana Nanananana Banana.

 Nana Banana Nanananana Banana.

 Macacada reunida

 Rapazeada sambando, xingando

 Rodando na pista (Hipérbole)

 Hipérbole - é o exagero de uma idéia com finalidade expressiva.

 
COMPARAÇÃO: trecho da musica: Você veio inteiro, veio como o dia, livre como o vento.

 Cantor: Paula Fernandes

 Musica: Um ser amor


 

METÁFORA: trecho da musica: você é a escada da minha subida.

 Cantor: Cogumelo plutão

 Musica: esperando na janela

 


Figuras de Linguagem

 
Figuras de linguagem são recursos de expressão, utilizados por um escritor, com o objetivo de ampliar o significado de um texto literário ou também para suprir a falta de termos adequados em uma frase. É um recurso que dá uma grande expressividade ao texto literário.

As mais comuns são: metáfora, comparação, metonímia, antítese, paradoxo, personificação (ou prosopopeia), hipérbole, eufemismo, ironia, elipse, zeugma, pleonasmo, polissíndeto, assíndeto, onomatopeia, anáfora, sinestesia, gradação e aliteração.

Metáfora

A metáfora é um tipo de comparação, mas sem os termos comparativos (tal como, como, são como, tanto quanto, etc). Na metáfora, a comparação entre dois elementos está implícita, trazendo uma relação de semelhança entre eles. Exemplo:

Tempo é dinheiro.

Percebemos neste exemplo a relação implícita, onde o tempo é tão valoroso quanto o dinheiro, por isso ele é colocado como semelhante à moeda.

 
Comparação

A comparação consiste na aproximação entre dois objetos por meio de uma característica semelhante entre eles, dando a um as características do outro. Difere da metáfora porque possui, obrigatoriamente, termos comparativos. Em suma, é uma comparação explícita. Exemplo:

Tempo é como dinheiro.

Neste exemplo vemos o principal definidor de uma comparação: a palavra como traz explicitamente a ideia de que o tempo é valoroso como o dinheiro.

Metonímia

É a substituição de uma palavra por outra sendo que, entre ambas, há uma proximidade de sentidos, uma relação de implicação. Exemplos:

 
•Não leu Machado de Assis.

•Não leu a obra de Machado de Assis.

Vemos no exemplo que a obra de Machado de Assis foi substituída só pelo nome do autor. A metonímia consiste nessa substituição de palavras, dando o mesmo sentido a uma frase. A seguir, outro exemplo que reforça essa substituição:


•A cozinha italiana é maravilhosa!

•A comida italiana é ótima.

 
Antítese

A antítese consiste no uso de palavras, expressões ou ideias que se opõem. Exemplo:

Soneto da Separação

De repente do riso fez-se o pranto

 Silencioso e branco como a bruma

 E das bocas unidas fez-se a espuma

 E das mãos espalmadas fez-se o espanto

Vinícius de Moraes

Neste soneto vemos claramente a antítese por trás da temática da separação amorosa: o que antes era riso trouxe lágrimas com a separação; as bocas unidas pelo beijo no amor se separam como a espuma que se espalha e se dissolve. A oposição de sentimentos e atos forma claramente a antítese.

Paradoxo

Paradoxo é a presença de elementos que se anulam numa frase, trazendo à tona uma situação que foge da lógica. Exemplo:


Amor é fogo que arde sem se ver;

 É ferida que dói e não se sente;

 É um contentamento descontente;

 É dor que desatina sem doer;

Luís de Camões

A situação do paradoxo aqui é clara: os elementos marcados se anulam, trazendo uma série de questionamentos. Como pode uma ferida, algo que causa dor física, não ser sentida? Como o contentamento, que causa felicidade, pode ser descontente? Como a dor pode não doer? Vemos claramente a fuga da lógica.


Personificação (ou prosopopeia)

A personificação, também chamada prosopopeia, consiste na atribuição de características humanas, como sentimentos, linguagem humana e ações do homem, a coisas não-humanas. Exemplo:

Congresso Internacional do Medo

Provisoriamente não cantaremos o amor,

 que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.

 Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,

 não cantaremos o ódio, porque esse não existe,

existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.

Carlos Drummond de Andrade

Neste exemplo, o medo, uma sensação, é transformado em pai e companheiro, algo que só é atribuído a um ser humano.


Hipérbole

Esta figura de linguagem consiste no emprego de palavras que expressam uma ideia de exagero de forma intencional. Exemplo:

Ela chorou rios de lágrimas.

Chorar rios remete a um choro contínuo, exagerado e o termo rios vem para enfatizar a ideia de que foi um choro intenso.

 
Eufemismo

O eufemismo ocorre quando utilizamos palavras ou expressões que atenuam e substituem outras que produzem um efeito desagradável e chocante. Exemplos:


•Faltei com a verdade ao dizer que fui à igreja.

•Menti ao dizer que fui à igreja.

A expressão e o impacto negativo que a palavra menti traz é ""suavizado" ao dizer que "faltei com a verdade".


Ironia

É a expressão de ideias com significado oposto ao que se realmente pensa ou acredita. Exemplo:

Moça linda, bem tratada,

 Três séculos de família,

 Burra como uma porta:

Um amor!

Mário de Andrade

O trecho é o exemplo claro de ironia: a moça é descrita como, bonita e bem tratada, tradicional, conservadora (é de família) e burra. O destaque em "um amor", apoiando-se na descrição da moça, mostra que ela, ao contrário de ser esse "amor de pessoa", é, na verdade, alguém sem atrativos, sem graça.

 
Elipse

Temos elipse quando, em um texto, alguns elementos são omitidos sem ocasionar a perda de sentido, uma vez que as palavras omitidas ficam subentendidas através do contexto. Exemplos:


Ela está passando mal! Depressa, um médico!

•Ela está passando mal! Depressa, chamem um médico!

Na primeira frase temos a elipse ao vermos que a palavra chamem está escondida. Não é necessário colocá-la e não há perda de sentido, porque mesmo sem ela entendemos que é necessário chamar um médico depressa porque ela está passando mal.

 
Zeugma

É parecido com a elipse, no entanto, só podemos identificar desta forma esta figura de linguagem quando há omissão de algo que já foi expresso no texto. Sabemos que o termo foi omitido porque já foi apresentado. Exemplo:

Canção do Exílio

 Nosso céu tem mais estrelas

 Nossas várzeas tem mais flores

 Nossos bosques tem mais vida

Nossa vida mais amores

Gonçalves Dias

Neste trecho vemos a omissão da palavra tem no último trecho. Não foi necessário o emprego dessa palavra para entender que a vida tem mais amores, pois já houve repetição da palavra nos outros versos.

 Pleonasmo

Repetição de uma ideia por meio de outras palavras. É utilizado como forma de ênfase e, além de ser figura de linguagem, é classificada como vício. A diferença entre a figura de linguagem e o vício de linguagem é simples: para ser figura de linguagem, o pleonasmo vem de forma intencional, para dar mais expressividade no texto, enquanto no vício vem como uma repetição não intencional e desnecessária. Exemplo:

 
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro

 (Embora a manhã já estivesse avançada).

 Chovia.

Chovia uma triste chuva de resignação

 Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.

Manuel Bandeira

A repetição proposital de Manuel Bandeira ao dizer que "chovia uma chuva" intensifica a ideia de que estava chovendo.

 

Polissíndeto

Consiste na repetição de conjunções para garantir um texto mais expressivo. Exemplo:

O olhar para trás

 

E o olhar estaria ansioso esperando

E a cabeça ao sabor da mágoa balançada

E o coração fugindo e o coração voltando

E os minutos passando e os minutos passando...

Vinícius de Moraes

A conjunção e vem para caracterizar o polissíndeto, trazendo ações e sensações que ocorrem de forma contínua e rápida.

 

Assíndeto

O assíndeto ocorre quando há omissão das conjunções. Exemplo:

Morte no avião

 

Acordo para a morte.

Barbeio-me, visto-me, calço-me.

Carlos Drummond de Andrade

A conjunção geralmente é substituída por vírgula, como no exemplo.

 

Onomatopeia

Temos onomatopeia quando há o uso de palavras que reproduzem os sons de seres vivos e objetos. É mais comum em história em quadrinhos.

 

Anáfora

 

Consiste na repetição de palavras ou expressões com o objetivo de enfatizar uma ideia. Exemplo:

Elegia Desesperada

Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres

Que ninguém mais merece tanto amor e amizade

Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade

Que ninguém mais precisa tanto de alegria e serenidade

Vinícius de Moraes

 

Sinestesia

A sinestesia traz textos que expressam as sensações humanas, com o cruzamento de palavras referentes aos cinco sentidos. Exemplo:

 

Recordação

Agora, o cheiro áspero das flores

 leva-me os olhos por dentro de suas pétalas

 

Cecília Meireles

Aqui, vamos uma característica do olfato (cheiro) misturada com outra do tato (áspero).

 

Gradação

Nesta figura as ideias aparecem de forma crescente ou decrescente dentro de um texto. Exemplo:

Meia noite em ponto em Xangai

A mulher foi-se encolhendo, agarrada aos braços da poltrona. Cravou o olhar esgazeado no retângulo negro do céu. Encolheu-se mais ainda, cruzando os braços. Limpou as mãos pegajosas no brocado da bata. Susteve a respiração.

Lygia Fagundes Telles

Aqui a gradação crescente vem trazendo uma ideia da sensação do medo que vai aumentando.

 

Aliteração

Consiste na repetição de consoantes em uma sequência de palavras, trazendo um texto com um efeito sonoro. Confira um exemplo no trecho da música Chove Chuva de Jorge Ben Jor:

Chove, chuva, chove sem parar

Neste caso, o ch repetido vem para dar a sonoridade da chuva, além de dar ritmo à música de Jorge Ben Jor.

 

 

 

Bibliografia

•CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Literatura – história & texto – vol 1. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

•CEGALLA, Domingos Paschoal. Nova minigramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.

•FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. Ed renovada. São Paulo: FTD, 2007.

Ana Gabriela Figueiredo Perez

Estudos Literários - Unicamp

por: Sabrina

 

 

 

 

 

 

 

 
Com a nova gramática surgem novas palavras homógrafas, palavras iguais na sintaxe (e também na pronúncia) mas com sentidos diferentes, uma pode ser um verbo e a outra um substantivo, somente avaliando em que contexto, a palavra está inserida, pode se fazer a distinção do sentido correto.
Função fática: "Alô", "Oi", "Câmbio", essas são mais utilizadas no cotidiano, e as funções apelativas são mais usadas em publicidade, o vídeo faz a explicação com maiores detalhes.

Por Marcos Godoy


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Exemplos de Figuras de linguagem em música e poemas.

- Prosopopéia :

* Música : De repente,Califórnia (Lulu Santos)

(...) O vento beija meus cabelos
As ondas lambem minhas pernas
O sol abraça o meu corpo
Meu coração canta feliz.(...)

* Poema : O mundo do menino impossível (Jorge de Lima)

Fim de tarde,boquinha da noite
com as primeiras estrelas
e os derradeiros sino
Entre as estrelas e lá detrás da igreja,
surge a lua cheia
para chorar com os poetas.

E vão dormir as duas coisas novas desse mundo: o sol e os meninos. (...)
* - Boquinha da noite - exemplo de Catacrese. Substui a palavra começo/início por boquinha.

Exemplos ...

- Metafora :

"Amor é fogo que arde sem se ver"
— Luís de Camões

"Meu pensamento é um rio subterrâneo."
— ( Fernando Pessoa)


- Hipérbole :

"Assim esperamos - disse a platéia, já agora morrendo de rir." (Caetano Veloso)



Poemas Manoel Barros

O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In. PINTO, Manuel da Costa.
Antologia comentada da poesia brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74.


É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e coisas considerados, em geral, de menor importância no mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa valorização é expressa por meio da linguagem
  simples, porém expressiva no uso de metáforas para definir o fazer poético do eu-lírico poeta.

Comentário: A linguagem da poesia jamais é denotativa ou referencial, pois a denotação e a referencialidade relacionam-se, respectivamente, ao sentido real das palavras e à representação do mundo com ênfase no próprio mundo, e não na visão que o artista tem dele. A poesia fala por imagens, que representam uma expressão nova, e não por palavras “fatigadas de informar”;  nela prevalece a conotação.  Adjetivos como rebuscada e hiperbólica não se aplicam a Manoel de Barros, que é um poeta direto, econômico, próximo da natureza. 

A linguagem de Manoel de Barros é simples, expressiva, e apresenta metáforas para definir o fazer poético. Exemplo: “Dou mais respeito/ às (palavras) que vivem de barriga no chão/ tipo água pedra sapo.”




Poema VII de “Uma didática da invenção”
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira. E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos – O verbo tem que pegar delírio.
(BARROS, Manoel. O livro das Ignorãças. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1994. p. 17)


http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_3/178.pdf




Sabrina

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Funções da Linguagem

Para que serve a linguagem?

Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. 
O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o que faz.

A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas:

1) Função Referencial ou Denotativa
Palavra-chave: referente
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere.

Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.

2) Função Expressiva ou Emotiva
Palavra-chave: emissor
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.

 Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)

3) Função Apelativa ou Conativa
Palavra-chave: receptor
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

Por exemplo: "Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!"

4) Função Poética
Palavra-chave: mensagem
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade.

Por exemplo: “... a lua era um desparrame de prata”. - (Jorge Amado)

5) Função Fática 
Palavra-chave: canal
Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.

6) Função Metalinguística
Palavra-chave: código
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.

Exemplo: “Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”

Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema."

Para melhores compreensões sobre as funções da linguagem, veja o vídeo:

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%B5es_da_linguagem

http://www.infoescola.com/redacao/funcoes-da-linguagem/

http://www.graudez.com.br/literatura/funling.htm

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/funcoes-da-linguagem-qual-
objetivo-do-seu-texto.htm


domingo, 6 de abril de 2014

Computação

Computadores não são inteligentes como humanos e portanto não compreendem a essência de uma idéia como uma pessoa compreenderia. Computadores seguem programas que são conjuntos de instruções numa linguagem clara e simples. O desenvolvimento de uma linguagem de programação implica o uso de uma metalinguagem. A Forma de Backus-Naur é uma das primeiras metalinguagens usadas na computação e foi desenvolvida em 1960 por John Backus e Peter Naur.
HTML e XHTML são exemplos de linguagens de marcação que podem ser usadas por qualquer pessoa desejosa de representar páginas web na Internet com mídias tais quais texto (formatado ou não), gráficos, sons, e vídeo. Linguagens de marcação são diferentes de metalinguagens, pois apenas descrevem como um documento deve ser apresentado, e não a sintaxe de uma linguagem de programação. XML é a metalinguagem usada para descrever XHTML, da mesma forma que SGML é usada para descrever HTML. XHTML é muito mais inflexível que HTML.
XML é também usada para descrever outros tipos de documentos de texto, como o "OpenDocument", que é o formato nativo do aplicação de processamento de texto do OpenOffice.org. Muitas outras metalinguagens têm-se baseado no padrão W3C XML 1.0, incluindo:
  • XQuery
  • XLink
  • SVG
  • SMIL.
Inclui-se também como linguagens de marcação aquelas especiais para notações matemáticas e científicas, como Tex e LaTeX ou uma de suas muitas variantes.
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Texto extraído da Wikipédia
 Por Marcos Godoy